Olá, imparável! Tudo bem?

Você já deve ter visto os avanços das notícias da Inteligência Artificial — ou “IA”, como muitos a chamam.

De fato, muitas ferramentas já conhecidas incorporaram recursos de IA, como:

  • Uma ferramenta gráfica remove automaticamente o fundo de uma imagem (tarefa que antes era feita manualmente).
  • Uma ferramenta de vídeo gera automaticamente as legendas.
  • Uma planilha faz uma análise de dados e apresenta um resumo (e conclusão) sobre os dados.

Mas antes mesmo da IA, já tínhamos entre nós as “automações”, funcionalidades que permitiam facilitar a execução de processos repetitivos, como:

  • Um formulário preenchido engatilha o envio de informações para outros sistemas e automaticamente executa uma ação, como o envio de uma sequência de emails.
  • Uma ferramenta gera vídeos curtos (shorts) de um único vídeo, com base nos momentos mais assistidos.
  • Uma ferramenta dispara sistematicamente mensagens no WhatsApp em nome de um vendedor após X dias do envio da proposta, para verificar se o cliente já tomou uma decisão de compra.
  • Uma única publicação de uma rede social é automaticamente redimensionada e agendada para publicação em outras diferentes redes sociais.
  • Os sistemas de cobrança se integram automaticamente com os sistemas de emissão de nota fiscal.

Observe que o empreendedor tem à disposição dois poderosos mecanismos para otimizar sua operação: automação e inteligência artificial.

Da mesma forma, as empresas (que contratam o empreendedor), também estão fazendo uso dessas ferramentas.

Até as pessoas começaram a usar isso também. Você viu que hoje tem robô que varre casa? Ou já viu quem tem a Alexa pedir para criar um lembrete ou contar as últimas notícias?

Assim, o risco do empreendedor está em entregar serviços operacionais ou superficiais, pois essas atividades se tornam cada vez mais fáceis de serem replicadas pelas “máquinas”.

Tipos de trabalho.

O livro “Trabalho Focado: Como ter sucesso em um mundo distraído”, do autor Cal Newport, define dois tipos de trabalho:

Dois tipos de trabalho: trabalho superficial e trabalho focado.
  • Trabalho superficial: tarefas que não exigem esforço mental e podem ser realizadas em um ambiente com distração. Não costumam agregar valor ao mundo e são fáceis de replicar.
  • Trabalho focado: tarefas que exigem sua capacidade mental no limite em um estado de concentração livre de distrações. Geram valor, melhoram suas habilidades e são difíceis de replicar.

Cal conclui: “a capacidade de se concentrar é uma habilidade que realiza coisas valiosas”.

“Ou a árvore é boa, e o fruto, bom; ou a árvore é má, e o fruto, mau. É, portanto, pelo fruto que se conhece a árvore.” (Mateus 12:33)

Então, como melhorar sua concentração?

Se a concentração pode levar alguém a gerar algo valioso e, consequentemente, fazer você aumentar seus ganhos, como fazer com que isso aconteça com maior frequência?

Para isso, você pode começar criando um ambiente propício a isso.

Criando um ambiente para aumentar a concentração.

No livro “Hábitos Atômicos: um Método Fácil e Comprovado de Criar Bons Hábitos e se Livrar dos Maus”, o autor James Clear explica que associamos certos hábitos e rotinas aos ambientes.

Por exemplo: será mais difícil você estudar no lugar que você joga videogame; será mais difícil dormir cedo no lugar onde você assiste TV; as pessoas bebem mais estando com outras pessoas do que se estivessem sozinhas.

Se certos ambientes já carregam um “hábito associado”, será mais difícil associar um novo hábito a ele. Por isso, é mais fácil construir um novo hábito em um novo ambiente, porque você não teria que “lutar” contra os estímulos existentes.

Assim, se você tem um trabalho que exige criatividade, dar uma volta, ou até mesmo viajar, faria você se desligar dos seus padrões de pensamentos associados ao ambiente em que você está.

Smartphones e home offices.

James dá um exemplo pessoal de quando era empreendedor e costumava trabalhar na mesa da cozinha. Isso o fazia não conseguir parar de trabalhar porque não conseguia desassociar o momento pessoal (alimentar-se) do profissional (mesa de trabalho).

Se você fica no notebook trabalhando na cama, provavelmente deve estar passando por isso também. A cama é para descansar ou para produzir?

Enquanto o mundo ideal seria ter uma casa maior, com um espaço definido para cada coisa, como uma sala para ver TV, uma poltrona para ler, um canto para trabalhar e um quarto para descansar, não é a realidade para muitos.

James compara os apartamentos atuais a um smartphone.

Hoje usamos o smartphone para diversos tipos de tarefas: falar com clientes, tirar fotos, ouvir música, acessar redes sociais, jogar e muito mais.

Para evitar distrações, poderíamos pensar em ter um notebook para trabalhar, um tablet para ler e um celular para lazer. Mas, na prática, não é assim que acontece.

No contexto atual, em que os imóveis estão cada vez menores, os espaços precisam desempenhar diferentes funções, como os smartphones.

Para aumentar sua concentração no home office, James recomenda dividir o espaço em “zonas de atividade: uma cadeira para ler, uma mesa para escrever, uma mesa para comer”.

Assim, o seu cérebro faz uma associação da zona de atividade (contexto) com um hábito. Dessa maneira, você consegue estabelecer o foco automaticamente quando estiver no espaço do trabalho.

Lembre-se também de estabelecer o canto da oração. Não é deixando a bíblia no meio de um corredor, mas sim em um lugar que você possa rezar e meditar a palavra.

Em que espaço você está lendo este texto agora? Será que você fará alguma mudança até a próxima newsletter?

Por hoje é só. Nos vemos no próximo sábado!

Que você fique com a paz de Jesus e o amor de Maria.

Forte abraço!